Setor de PCP ou um Escritório de Programação? Qual a melhor escolha para sua empresa? Introdução

Toda empresa, independente de ser uma indústria, comércio ou serviço, podem ser compreendidas como um sistema, como Chiavenato (2004) já tratou amplamente. Esses sistemas, que podem ser entendidos como setores, possuem entradas e saídas de informações, que se comunicam, interdependem, gerando novas entradas e saídas, sucessivamente.
Entretanto, quando esses sistemas não funcionam devidamente, essas empresas, em grande parte, sofrem problemas que são similares e independem do porte que apresentam. Possuem determinadas características em comum que prejudicam sobremaneira o seu desenvolvimento e sobrevivência.

Normalmente, o crescimento das empresas acontece de forma desordenada, devido à falta de planejamento e organização sistêmica. Nos setores produtivos, por exemplo, criam-se informalidades e sequências produtivas à medida que a necessidade se apresenta, deixando-se a desejar em resultados. Assim, o desempenho não acontece da forma almejada.

Nesse contexto, um setor com elevada importância na busca do sucesso de uma empresa e seu correto desempenho é o setor de Planejamento e Controle da Produção (PCP), responsável pelo planejamento antecipado da produção e o controle de sua realização. As empresas que são estruturadas organizacionalmente, possuidoras de procedimentos definidos e gestão eficiente, normalmente utilizam esse setor com a finalidade de integrar todos os setores da organização, exercendo o sistema de produção nos seus três níveis hierárquico, conforme Tubino (2002): Nível Estratégico (longo prazo) é responsável pela formulação do planejamento estratégico da produção; Nível Tático (médio prazo) deve elaborar o planejamento-mestre da produção; Nível Operacional (curto prazo) o setor deve preparar a programação da produção.

Nas empresas de menor porte, normalmente o responsável por essa função é o próprio empreendedor, que também é o responsável por todas as demais etapas indiretas da organização, como financeiro, administrativo, comercial, recursos humanos e o que mais necessitar. Mas com o acúmulo de funções e uma provável falta de aprofundamento no conhecimento necessário para o correto funcionamento de um setor dessa importância, pois geralmente o empreendedor é um especialista no que está produzindo, não permite à empresa se organizar sistematicamente. Este é um dos problemas na implantação de um setor de Planejamento e Controle da Produção (PCP) num empreendimento de pequeno e médio porte. E o que torna ainda mais complicada essa implantação é que a maneira de formatar esse setor é normalmente a mesma utilizada para as grandes organizações. Num país em que 99% das organizações são Micros e Pequenas Empresas (MPE’s), que correspondem por 25% do PIB e 52% dos empregos formais (SEBRAE 2012), torna-se necessário adaptar um plano de ação direcionado a elas, minimizando os obstáculos e maximizando os benefícios. A empresa necessita compreender que deve implantar um setor com responsabilidades e funções mais abrangentes que geralmente se designa ao Planejamento e Controle da Produção (PCP), denominado nesse trabalho como um Escritório de Programação.

Quais os principais obstáculos encontrados na estruturação de um Escritório de Programação? Sabe-se que é um setor importante e crucial na gestão da organização como um todo, atuando, através do desenvolvimento dos planejamentos estratégicos e táticos, buscando menores prazos de entrega, melhores custos, qualidade e flexibilidade.

Então, qual a melhor estratégia na sua estruturação?

Quais as diferenças existentes entre o Escritório de Programação e o setor de Planejamento e Controle da Produção (PCP)?